Microcefalia: saiba o que é, o que causa e como identificar
Governo decretou estado de emergência devido ao aumento de
casos.
Condição afeta bebês que nascem com cabeça menor do que a
média.
O Ministério da Saúde declarou estado de emergência em saúde
pública no país por causa do aumento de casos de microcefalia no Nordeste. O
anúncio, feito na quarta-feira (11), tem relação com o crescimento drástico no
número de ocorrências do problema nessa região, especialmente em Pernambuco.
A seguir, veja perguntas e respostas que ajudam a entender o
problema.
- O que é microcefalia?
É uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio do
tamanho menor do que o normal.
- Como saber se o bebê tem microcefalia?
A microcefalia é diagnosticada quando o perímetro da cabeça
é igual ou menor do que 33 cm – o esperado é que bebês tenham pelo menos 34 cm.
Mas atenção: isso vale apenas para crianças nascidas a termo (com 9 meses de
gravidez). No caso de prematuros, esses valores mudam e dependem da idade
gestacional em que ocorre o parto.
- O que causa a microcefalia?
Na maior parte dos casos são infecções adquiridas pela mãe,
especialmente no primeiro trimestre da gravidez, que é quando o cérebro do bebê
está sendo formado. Toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus são alguns
exemplos.
Outros possíveis causadores são abuso de álcool e drogas
ilícitas na gestação e síndromes genéticas como a síndrome de down.
- É possível descobrir a microcefalia ainda na gravidez?
Sim. Pela ultrassonografia, os médicos conseguem medir o
crânio do feto e perceber se está menor do que o esperado.
- A microcefalia está associada a outros problemas? Que
sequelas a criança pode ter?
Em 90% dos casos a microcefalia vem associada a um atraso no
desenvolvimento neurológico, psíquico e/ou motor. O tipo e o nível de gravidade
da sequela variam caso a caso, e em alguns casos a inteligência da criança não
é afetada. Déficit cognitivo, visual ou auditivo e epilepsia são alguns
problemas que podem aparecer nas crianças com microcefalia.
- A cabeça da criança que nasce com microcefalia continua
crescendo menos do que o normal?
Sim. Ela cresce ao longo da infância, mas menos do que a
média.
- Existe tratamento?
Não há como reverter a microcefalia com medicamentos ou
outros tratamentos específicos. Mas é possível melhorar o desenvolvimento e a
qualidade de vida da criança com o acompanhamento por profissionais como
fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.
- Existe prevenção?
Um bom acompanhamento pré-natal pode ajudar a diminuir o
risco. A gestante também deve sempre procurar o médico se sentir sintomas de
infecção, como febre, além de evitar o abuso de álcool e drogas ilícitas.
- Há relatos de “surtos” de microcefalia anteriores no
Brasil ou em outros países?
Segundo o Ministério da Saúde, a situação atual é inédita e
não há relatos na literatura científica de outros casos.
- Por que foi declarado estado de emergência no país?
O estado de Pernambuco registrou 141 casos de microcefalia
desde o início de 2015 -- um aumento drástico em relação ao ano passado, quando
houve apenas 12 casos. Foram identificados ainda 21 casos no Rio Grande do
Norte e nove casos na Paraíba (além de seis outros que ainda estão sendo
investigados nesse estado).
- Por que tantas crianças estão nascendo com microcefalia no
Nordeste?
As causas ainda estão sendo investigadas. Uma das hipóteses
relaciona o aumento de casos a infecções por zika vírus - vírus que foi
identificado pela primeira vez no país em abril deste ano.
Segundo documento divulgado pela Secretaria de Vigilância em
Saúde da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SEVS/SES-PE), parte das
mulheres que tiveram bebês com microcefalia apresentaram erupções na pele
durante a gravidez. Apesar de este ser um dos sintomas do zika vírus, não há
evidências suficientes para associá-lo à microcefalia, de acordo com o órgão.
- Qual é a recomendação do Ministério da Saúde às gestantes?
Neste momento, o ministério pede que as grávidas não usem
medicamentos não prescritos por profissionais de saúde e que façam um pré-natal
qualificado e todos os exames previstos. Recomenda, ainda, que elas relatem aos
profissionais de saúde qualquer alteração que perceberem durante a gestação.
12/11/2015 18h05 - Atualizado em 13/11/2015 17h01
Microcefalia: saiba o que é, o que causa e como identificar
Governo decretou estado de emergência devido ao aumento de
casos.
Condição afeta bebês que nascem com cabeça menor do que a
média.
Do G1, em São Paulo
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O Ministério da Saúde declarou estado de emergência em saúde
pública no país por causa do aumento de casos de microcefalia no Nordeste. O
anúncio, feito na quarta-feira (11), tem relação com o crescimento drástico no
número de ocorrências do problema nessa região, especialmente em Pernambuco.
A seguir, veja perguntas e respostas que ajudam a entender o
problema.
- O que é microcefalia?
É uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio do
tamanho menor do que o normal.
- Como saber se o bebê tem microcefalia?
A microcefalia é diagnosticada quando o perímetro da cabeça
é igual ou menor do que 33 cm – o esperado é que bebês tenham pelo menos 34 cm.
Mas atenção: isso vale apenas para crianças nascidas a termo (com 9 meses de
gravidez). No caso de prematuros, esses valores mudam e dependem da idade
gestacional em que ocorre o parto.
MICROCEFALIA
Alta de casos no Nordeste preocupa
emergência
o que é
- O que causa a microcefalia?
Na maior parte dos casos são infecções adquiridas pela mãe,
especialmente no primeiro trimestre da gravidez, que é quando o cérebro do bebê
está sendo formado. Toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus são alguns
exemplos.
Outros possíveis causadores são abuso de álcool e drogas
ilícitas na gestação e síndromes genéticas como a síndrome de down.
- É possível descobrir a microcefalia ainda na gravidez?
Sim. Pela ultrassonografia, os médicos conseguem medir o
crânio do feto e perceber se está menor do que o esperado.
- A microcefalia está associada a outros problemas? Que
sequelas a criança pode ter?
Em 90% dos casos a microcefalia vem associada a um atraso no
desenvolvimento neurológico, psíquico e/ou motor. O tipo e o nível de gravidade
da sequela variam caso a caso, e em alguns casos a inteligência da criança não
é afetada. Déficit cognitivo, visual ou auditivo e epilepsia são alguns
problemas que podem aparecer nas crianças com microcefalia.
- A cabeça da criança que nasce com microcefalia continua
crescendo menos do que o normal?
Sim. Ela cresce ao longo da infância, mas menos do que a
média.
- Existe tratamento?
Não há como reverter a microcefalia com medicamentos ou
outros tratamentos específicos. Mas é possível melhorar o desenvolvimento e a
qualidade de vida da criança com o acompanhamento por profissionais como
fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.
- Existe prevenção?
Um bom acompanhamento pré-natal pode ajudar a diminuir o
risco. A gestante também deve sempre procurar o médico se sentir sintomas de
infecção, como febre, além de evitar o abuso de álcool e drogas ilícitas.
- Há relatos de “surtos” de microcefalia anteriores no
Brasil ou em outros países?
Segundo o Ministério da Saúde, a situação atual é inédita e
não há relatos na literatura científica de outros casos.
- Por que foi declarado estado de emergência no país?
O estado de Pernambuco registrou 141 casos de microcefalia
desde o início de 2015 -- um aumento drástico em relação ao ano passado, quando
houve apenas 12 casos. Foram identificados ainda 21 casos no Rio Grande do
Norte e nove casos na Paraíba (além de seis outros que ainda estão sendo
investigados nesse estado).
- Por que tantas crianças estão nascendo com microcefalia no
Nordeste?
As causas ainda estão sendo investigadas. Uma das hipóteses
relaciona o aumento de casos a infecções por zika vírus - vírus que foi
identificado pela primeira vez no país em abril deste ano.
Segundo documento divulgado pela Secretaria de Vigilância em
Saúde da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SEVS/SES-PE), parte das
mulheres que tiveram bebês com microcefalia apresentaram erupções na pele
durante a gravidez. Apesar de este ser um dos sintomas do zika vírus, não há
evidências suficientes para associá-lo à microcefalia, de acordo com o órgão.
- Qual é a recomendação do Ministério da Saúde às gestantes?
Neste momento, o ministério pede que as grávidas não usem
medicamentos não prescritos por profissionais de saúde e que façam um pré-natal
qualificado e todos os exames previstos. Recomenda, ainda, que elas relatem aos
profissionais de saúde qualquer alteração que perceberem durante a gestação.
Fontes:
- Ângela Rocha, neuropediatra e coordenadora do centro de
infectologista infantil do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, da Universidade
de Pernambuco
- Rudimar Riesgo, membro do departamento de neurologia da
Sociedade Brasileira de Pediatria e chefe de neuropediatria do Hospital de
Clinicas da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
- Ministério da Saúde